EFEITOS BENÉFICOS DO ESTROGÊNIO NO SISTEMA CARDIOVASCULAR

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Diego França Pedrosa
Lucas Cunha Dias de Rezende
Ian Victor Silva
Leticia Batista Azevedo Rangel
Washington Luiz Silva Gonçalves
Jones Bernades Graceli

Resumo

As ações de proteção do estrogênio no sistema cardiovascular são parcialmente mediadas pelo seu efeito
direto sobre a parede do vaso e sobre o metabolismo lipídico, que se dá pela associação com seus receptores.
Esses receptores já foram identificados tanto em células do músculo liso vascular, quanto nas células
endoteliais. A administração do estrogênio promove vasodilatação em diferentes segmentos vasculares
humanos e em diferentes modelos de animais experimentais, em parte, estimulando a síntese de prostaciclina
e de óxido nítrico, bem como pela diminuição da produção de agentes vasoconstritores, como produtos
derivados da via da cicloxigenase, das espécies reativas de oxigênio, da angiotensina II, da endotelina-1. In
vitro, a administração do estrógeno exerce um efeito inibitório direto sobre a musculatura lisa através da
ativação do efluxo de potássio e inibição do influxo de cálcio. Além disso, estrogênio inibe a proliferação de
células musculares lisas vasculares. In vivo, 17ß-estradiol impede espessamento neointimal após lesão
vascular, atenuando os efeitos das lesões ateroscleróticas. Como é o caso de outros esteróides, o efeito do
estrogênio sobre a parede do vaso pode ocorrer por uma ação rápida (mecanismo não-genômico),
envolvendo componentes da membrana celular, com alteração na permeabilidade iônica e ativação
enzimática e/ou por uma ação clássica (mecanismo genômico), cujo mecanismo envolve ativação de seus
receptores intracelulares e modificações na expressão gênica das células alvos.
Palavras-Chave: sistema cardiovascular, estrogênio, endotélio, músculo liso.

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