Revegetação de áreas degradadas pela extração de argila no Norte do Estado do Rio de Janeiro

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Luciana Aparecida Rodrigues
Deborah Guerra Barroso
Marco Antônio Martins
Andréa Vita Reis Mendonça

Resumo

A extração de argila pela indústria ceramista no Norte Fluminense é uma
atividade de grande importância sócio-econômica para a região com
geração de, aproximadamente, 5000 empregos diretos e uma produção
diária estimada de cerca de 5.000.000 de peças. No entanto, a mineração
da argila provoca a degradação física, química e biológica do ambiente. A
recuperação das cavas oriundas da extração das argilas necessita um
alto custo operacional devido à necessidade de utilização de máquinas
para aplainar a cava, da reposição da camada superficial do solo e da
adubação para, a partir daí, iniciar a revegetação da área visando à
recuperação do solo, recomposição da vegetação preexistente ou a
utilização com o cultivo agrícola ou florestal. A definição de qual estratégia
a ser adotada dependerá, dentre outros fatores, do nível de degradação
da área, do objetivo do proprietário e dos recursos disponíveis para a
intervenção. Em cada situação é importante o estudo das possibilidades
de reutilização da área, dos objetivos finais e ainda das alternativas para
minimização dos custos operacionais. Vários experimentos foram
realizados, objetivando o estudo da reutilização das cavas de extração de
argila com espécies arbóreas em diferentes sistemas de cultivos, visando
dar suporte técnico e formar unidades demonstrativas para incentivar a
reutilização das cavas recém abertas ou das cavas abandonadas. Além
disso, foram avaliados indicadores de qualidade de solo objetivando
caracterizar o grau de recuperação e a sustentabilidade dos sistemas de
plantios adotados.

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