Paulo Freire & Lacan: Liberdade, Linguagem e Saber
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Resumo
A pedagogia de Paulo Freire é totalmente pessoal, provém
da sua vivência e conhecimento da realidade, desenvolvidos entre
os homens oprimidos e explorados. Para Freire, o conhecimento
vem da práxis, que é ação e reflexão, da realidade conjuntural,
objetivando libertar o homem oprimido. A educação é construção
do sujeito, pelo diálogo, que anuncia e denuncia as práticas
opressoras da classe dominadora.
Para Lacan, a palavra precisa ser passada ao aluno, para
resgatar sua linguagem e fala, desencadeando os processos de
constituição do sujeito, para construir, pelos significantes, que é a
interpretação própria do conhecimento, o saber de maneira singular.
A palavra expressa os significantes de cada sujeito de maneira
singular, gerando no aluno o seu próprio idioleto (linguagem) para
construção de sua aprendizagem, isto é, o modo próprio de dizer o
seu aprender.
Pela linguagem e fala extrai-se o conteúdo dos discursos
dos alunos, mostrando que a palavra possui algo além do conceitual
e do sentido. Ela constrói e reconstrói a vida, gerando um
significante novo na realidade interior dos educandos.