Conteúdo do artigo principal

Resumo

A mediação escolar emerge como uma resposta às complexidades e demandas da inclusão escolar, buscando garantir atendimento especializado no ambiente educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) assegura aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) o direito de um ambiente inclusivo e de mediação adequada. Neste contexto, o papel do mediador escolar é fundamental, atuando diretamente com os alunos, intervindo para potencializar o processo de aprendizagem, socialização e desenvolvimento. O mediador deve assumir a postura de emancipador, estimulando o interesse dos alunos e promovendo uma aprendizagem significativa que valorize a autonomia e a cidadania do estudante. A mediação escolar, portanto, vai além de uma simples adaptação às regras escolares, buscando criar formas de interação e aprendizado que ampliem os horizontes dos alunos. Nesse sentido, o presente artigo objetiva analisar a importância da emancipação intelectual no contexto da mediação escolar. Para tanto, utiliza-se a revisão bibliográfica, de natureza qualitativa e exploratória, com o fito de investigar e sintetizar o conhecimento existente sobre a mediação escolar e seu caráter emancipador. Dessarte, espera-se a partir dessa pesquisa comprovar a importância de que a mediação escolar seja estimuladora, de modo a desenvolver a autonomia discente.

Palavras-chave

Inclusão Emancipação Necessidades Educacionais Especiais

Detalhes do artigo

Como Citar
Barreto, M. L. M. . (2024). A mediação escolar: do mestre ignorante ao emancipador. umanas ociais ∓ plicadas, 14(43), 72–83. https://doi.org/10.25242/8876144320243046

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm . Acesso em: 24 jun. 2024.
  2. BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 jul. 2015, Seção 1, p. 2. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 24 jun. 2024.
  3. CARVALHO, José Sérgio Fonseca De. Do mestre ignorante ao iniciador: forma escolar e emancipação intelectual. Educação & Realidade, v. 45, n. 2, p. e91817, 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-62362020000200601&tlng=pt. Acesso em: 7 jul. 2024.
  4. CARVALHO, R. E. Cartografia do trabalho docente na e para a educação inclusiva. Revista @mbienteeducação, São Paulo, v. 1, n. 2, 2018. DOI: 10.26843/v1.n2.2008.586.p%p. Disponível em: https://publicacoes.unicid.edu.br/ambienteeducacao/article/view/586. Acesso em: 8 jul. 2024.
  5. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre Princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais, 1994, Salamanca-Espanha. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf . Acesso em: 24 jun. 2024.
  6. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
  7. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
  8. KAUFMAN, Nira; TABAK, Sheina. Inclusão e mediação escolar: norteadores para uma prática ética. Educação Online, Rio de Janeiro, Brasil, n. 22, p. 27–42, 2016. DOI: 10.36556/eol.v0i22.263. Disponível em: https://educacaoonline.edu.puc-rio.br/index.php/eduonline/article/view/263. Acesso em: 8 jul. 2024.
  9. LEAL, Bernardina. Um saber que não se explica: notas sobre o Mestre Ignorante, de Jacques Rancière. Revista Mosaicum, Brasília, ano II, n. 3, p. 78-82, jan./jul. 2006.
  10. MACHADO, A. M. Educação inclusiva: de quem e de quais práticas estamos falando. In: Baptista, C. R. (Org). Inclusão e escolarização. Múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 127-136.
  11. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
  12. MOUSINHO, Renata; et al. Mediação escolar e inclusão: revisão, dicas e reflexões. Rev. psicopedag., São Paulo, v. 27, n. 82, p. 92-108, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000100010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 30 jun. 2024.
  13. RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
  14. NETO, A. de O. S.; ÁVILA, Éverton G.; SALES, T. R. R.; AMORIM, S. S.; NUNES, A. K. F.; SANTOS, V. M. Educação inclusiva: uma escola para todos. Revista Educação Especial, [S. l.], v. 31, n. 60, p. 81–92, 2018. DOI: 10.5902/1984686X24091. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/24091. Acesso em: 7 jul. 2024.
  15. SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 8. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2009.
  16. SOUZA, Naiara De Freitas; BRINGEL, Maricélia Félix Andrade. As Contribuições do Mediador Escolar no Desenvolvimento Cognitivo e Social de Crianças com TDAH. ID on line. Revista de psicologia, v. 17, n. 65, p. 615–630, 2023. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/3724. Acesso em: 16 jun. 2024.
  17. UHMANN, Silvana Matos; ARAÚJO, Raquel Fontes de Aquino Mariano Silva. O papel do mediador escolar: qualificar a mediação para qualificar a inclusão. Cadernos Macambira, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 158–173, 2021. Disponível em: https://revista.lapprudes.net/CM/article/view/598. Acesso em: 8 jul. 2024.
  18. VARGAS, Thamyres Bandoli Tavares; RODRIGUES, Maria Goretti Andrade. Mediação escolar: sobre habitar o entre. Revista Brasileira de Educação, v. 23, p. e230084, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782018000100270&tlng=pt. Acesso em: 7 jul. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)