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Resumo
A pandemia de Covid-19 tem movido cientistas de diferentes áreas do conhecimento no mundo inteiro para trazer reflexões sobre os impactos por ela causados, cuja abrangência extrapola a saúde humana em seus aspectos físicos e psicológicos e atinge a economia, a política, as relações sociais de trabalho, o sistema educacional etc. Assim, o presente projeto, promovido pelo Laboratório de Estudos de Processos de Estigmatização (LEPE) em parceria com a Linha de Estudos sobre Racismo (LER) do Curso de Psicologia dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA - ISECENSA, tem como proposta a promoção do debate sobre os efeitos psicossociais do ensino remoto na juventude negra, através de uma análise interseccional entre pandemia de Covid-19, gênero, raça e classe. O objetivo dessa pesquisa é compreender as formas como a juventude negra foi afetada na dimensão psicossocial com o estabelecimento do ensino remoto na rede pública estadual diante da pandemia de Covid-19. Trata-se de uma pesquisa exploratória, na qual será realizada uma revisão bibliográfica para embasar os olhares dos pesquisadores sobre a temática proposta, buscando livros e artigos científicos sobre psicologia social, ensino remoto na pandemia de Covid-19, racismo e interseccionalidade. Além de uma pesquisa de campo, utilizando a técnica de entrevista semiestruturada. Pretende-se realizar entrevistas coletivas, pelo Google Meet, com alunas e alunos negros concluintes do Ensino Médio do Liceu de Humanidades de Campos e de outras escolas públicas. Espera-se fomentar a discussão sobre o racismo estrutural que afeta a sociedade brasileira, dando centralidade a vulnerabilidade psicossocial da juventude negra diante do ensino remoto instaurado pela pandemia de Covid-19, e, por fim, publicar dois artigos científicos na Revista Perspectivas Online com os resultados obtidos.
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