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Resumo
A família é o primeiro microcosmo presente na vida do indivíduo. Como um instrumento da sociedade no processo de formação de seres sociais, a família produz discursos que promovem como o macrocosmo, que é o Estado, espera que os seus membros venham se tornar. Com discursos que se retroalimentam, a família, não diferente do Estado, cria expectativas sobre como os seus indivíduos serão. O nascimento de uma criança com deficiência representa o distanciamento entre o real e o imaginário, onde os integrantes da família podem viver um luto do filho esperado, ou, a sua própria anulação quando começam a viver para o filho com deficiência, sem dar espaço para cuidar de si. Criar, promover a manutenção e desenvolvimento de grupo terapêutico para apoio de mães de pessoas com deficiência na APAE de Campos dos Goytacazes. Identificar as principais dificuldades na relação mãe e pessoas com deficiência; b) Deslindar os principais preconceitos que obstaculizam a personalidade de mães de pessoas com deficiência. A presente pesquisa foi qualitativa, com o método observação participante, uma vez que se trata de um método, segundo Geertz (1998), que permite ao pesquisador uma entrada no campo e aproximação com o seu público alvo, de forma a participar do universo que se deseja estudar. Utilizamos da ferramenta da Etnografia que, segundo Geertz (1998), consiste numa descrição densa de tudo o que acontece no ambiente da pesquisa. Bem como realizamos entrevista semi-estruturada com as mães participantes do grupo terapêutico. Na família, que nada mais é do que um recorte da sociedade na qual está inserida, o que as mães estabelecem na relação com seus filhos com deficiência é a reprodução de discursos que falam sobre o corpo, em como este deve agir, sentir e pensar, discursos que estão instituídos na sociedade.
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