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Resumo

Fruto de uma observação participante, realizada entre 2011 a 2017, este artigo discorre sobre a formação da identidade coletiva e individual de mulheres a partir do Curso de Promotoras Legais Populares de São Carlos/SP (CuPLPs) e do Coletivo de Promotoras Legais Populares de São Carlos/SP (ColPLPs). Para isso, realizamos uma reflexão sobre a questão de gênero à luz da sociologia dos processos de subjetivação e de formação de identidades coletivas oriunda da perspectiva foucaultiana de Denise Jodelet (2009). Quando somados e entendidos como complementares, os princípios de solidariedade, respeito e consenso, propiciam o diálogo e reajustes dos processos de criação de identidade entre as participantes do CuPLPs e do ColPLPs, porque as colocam em constante reflexão sobre os rumos do Coletivo e do CuPLPs e de suas ações individuais e coletivizadas.

Palavras-chave

Sociologia dos Processos de Subjetivação Identidades Coletivas Movimentos Sociais Feminismo Promotoras Legais Populares

Detalhes do artigo

Biografia do Autor

Simone Braghin

Mestra em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); especialista em Direitos Humanos pelo Conselho Latino-americado de Ciências Sociais (CLACSO - Argentina).

Isabela Fagundes Cagnin, Unicamp

Doutoranda em Ciência Política na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Mestra em Ciência Política no Programa de Pós Graduação em Ciência Política (PPGPol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); bacharela em Ciências Sociais, com ênfase em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos.
Como Citar
Braghin, S., & Fagundes Cagnin, I. (2019). “TORNAR-SE MULHER”: PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO A PARTIR DA VIVÊNCIA DE MULHERES NO CURSO DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES DE SÃO CARLOS / SP. umanas ociais ∓ plicadas, 9(24). https://doi.org/10.25242/887692420191711

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