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Resumo
Partimos do princípio de tentar conceituar transversalidade, citada por Félix Guattarri, e fazer uma ligação com relações de poder. Para isso, utilizamos pesquisa bibliográfica, chegando ao conceito de que transversalidade é uma qualidade ou característica do que é transversal, ou seja, atravessa por determinado referente, bem como uma capacidade de todos falarem com vez e voz, sem verticalidade ou horizontalidade. Ela pode ser considerada uma forma de subjetivação ou uma ação sobre a subjetividade. O sujeito é primeiro atravessado pelas suas relações sociais através do processo de subjetivação, formando sua singularidade. Podemos pensar subjetivação como sendo formadora de microcosmos dentro de uma sociedade vigente. Se a produção da subjetividade tem ligação direta com o contexto social em que convivemos, atualmente nossa sociedade tende a produzir sujeitos narcísicos ou até mesmo borderlines, por ser predominantemente individualista produzindo pessoas automatizadas, pois ser indivíduos singulares é muito difícil, pela comunicação mais usada ser tecnológica, não pessoal. Sendo assim, a cultura institucional tem por objetivo produzir sujeitos automatizados e, assim, não os diferenciar. O sistema é caracterizado pela modelação, onde o objetivo é a segregação para, assim, tornar possível a governabilidade, utilizando, na maior parte do tempo, o poder coercitivo, que é marcado pela imposição de vontade por ameaças ou punições, caracterizando, assim, as relações de poder. Essa é a forma de poder mais condenada socialmente e a que provoca mais reações por parte de seus subordinados. Vivemos em uma sociedade em que os sentimentos tendem a ser substituídos por objetos, portanto, se perde a base da existência diante de um referencial. Consideramos que o sujeito deve parar e pensar em seus atos e comportamentos dentro de um contexto social, e não simplesmente replicar ações que são impregnadas no sujeito e impostas a ele como verdades absolutas. A partir disso, o nosso olhar crítico foi desenvolvido e aguçado, nos fazendo entender que a autenticidade é uma forma de aproximar o que você fala do que você faz. Lembrando, é claro, que não podemos ser conduzidos apenas por um idealismo, porque durante toda a caminhada esbarraremos sempre em situações com as quais não poderemos modificar, mas, se pudermos ser capazes de lidar com elas, conseguiremos seguir em frente. Por conseguinte, o certo não seria humanizar, mas sim levar em consideração a complexidade humana.
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