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Resumo
Entende-se como um paradoxo a associação da personalidade psicopata à infância, uma vez a imagem das crianças estar, ao menos no senso comum, relacionada a seres de bondade intrínseca, o que leva a uma dificuldade em enxergar nelas um transtorno de personalidade que envolve, por muitas vezes, comportamentos perversos. O objetivo do trabalho foi refletir sobre esta realidade e produzir conhecimento a respeito. Intenciona-se favorecer àqueles que vivem direta ou indiretamente a referida situação, sejam familiares ou profissionais. Acredita-se que por meio da informação é possível ajudar a prevenir surtos e pioras do quadro que se desenrolam até a vida adulta com maior propensão a prejuízos sociais graves, bem como ampliar a sensibilização sobre a temática para os profissionais de psicologia, evitando posturas de negligência ou preconceito, atitudes repudiáveis nos códigos de ética profissional. Este estudo utilizou técnicas pertinentes à pesquisa bibliográfica junto ao método qualitativo de estudo de caso de Elizabeth Thomas (6 anos), apontado como sugestivo de psicopatia infantil. O caso foi estudado a partir de seu documentário vinculado nas mídias, composto pela compilação das fitas de sua terapia com o psicólogo Ken Magig, especialista em tratamento de crianças severamente abusadas. Na análise do mesmo identificou-se aspectos da referida psicopatologia, tais como: comportamento sexual inapropriado, falta de empatia com outrem e o prazer diante do sofrimento de outrem. Elizabeth recebeu tratamento a partir dos 6 anos, em 1989, conseguindo desenvolver afeto pelas pessoas e cessar suas atitudes sexualmente precoces e perversas, apontando para um tratamento possível da psicopatia infantil. A partir do levantamento realizado, compreendeu-se diferentes aspectos que embasam a psicopatia, relacionando-a com um transtorno de personalidade. Pareceu possível associar a psicopatia ao período da infância, por meia da caracterização dos comportamentos observáveis, assim como foi possível também assimilar as diferentes informações que compuseram o quadro deste estudo nos termos de um transtorno de conduta. A pesquisa revelou uma produção bibliográfica atual insuficiente sobre a criança e as psicopatias. Além disso, uma infeliz carência de estudos de caso publicados sobre este quadro específico limitou consideravelmente a pesquisa realizada, sendo esta a principal sugestão para novos investimentos na área.
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