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Resumo
A pandemia de COVID-19 permanece como um grande desafio à saúde pública. Os pacientes infectados com o vírus SARS-CoV2, em sua maioria, são pacientes críticos necessitando de internação em unidades de terapia intensiva (UTI) e uma assistência de enfermagem qualificada. No entanto, as experiências de enfermeiros da China e Itália mostraram que um dos maiores obstáculos na assistência aos pacientes com a doença deu-se no âmbito da organização de equipes treinadas e capacitadas, dimensionamento de pessoal, gerenciamento de insumos e equipamentos e a atenção à saúde mental destes profissionais. Sendo assim, este estudo teve como objetivo identificar o impacto provocado pela pandemia de COVID-19 nos hábitos de vida dos profissionais das equipes de Enfermagem que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva do munícipio de Campos dos Goytacazes-RJ. Trata-se de um estudo transversal, realizado com profissionais das equipes de Enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem), atuantes nas Unidades de Terapia Intensiva dos Hospitais Privados e Públicos do município de Campos dos Goytacazes-RJ. A coleta de dados será realizada através de questionário online (Google Forms®) dividido em três etapas: a primeira contendo cinco perguntas sobre a caracterização dos sujeitos; a segunda etapa contendo quatro perguntas sobre os hábitos de vida antes da pandemia; e a terceira etapa contendo quatro perguntas sobre os hábitos de vida após a pandemia. A amostra foi selecionada por conveniência, sendo incluídos enfermeiros e técnicos de enfermagem atuantes na unidade onde o estudo foi realizado. Foram excluídos aqueles em que no momento da coleta de dados estavam de férias, licença médica ou maternidade. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva utilizando o software SPSS versão 20.0. A amostra foi composta por 46 profissionais de enfermagem, com predomínio do sexo feminino (89%), idade média de 45 anos. Quanto à caracterização profissional, os profissionais apresentaram um tempo predominante de atuação na enfermagem acima de 16 anos (36%), a maioria com dois vínculos empregatício (73%), atuando em turnos de 44 horas semanais (27,3%), turnos de 36 horas (36,4%) e turnos de 24horas (36,4%) e em setores classificados como críticos (100%). Sobre a abordagem de mudanças de hábitos de vida após pandemia, nota-se que 82% dos participantes, refere-se ao momento pandêmico como uma rotina estressante, porém apenas 3,1% realiza acompanhamento psicológico em decorrência da pandemia. Destacou-se também o aumento do sedentarismo (65%), como a principal mudança de hábito ocorrida. A pandemia de COVID-19 evidenciou a modificação de hábitos de vida da equipe de enfermagem atuante em unidades de terapia intensiva, os impactos observados nos profissionais de enfermagem, pode contribuir para o surgimento de doenças e afetar as atividades laborais.
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