Conteúdo do artigo principal

Resumo

A equoterapia desponta como um método de tratamento que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento de pessoas com deficiências e/ou necessidade especiais, sendo cada vez mais adotada na reabilitação de crianças portadoras de doenças neurológicas. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo identificar a percepção de pais e/ou responsáveis sobre a equoterapia como método de tratamento de crianças portadoras de doenças neurológicas. Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de setembro a outubro de 2021, através da aplicação de um questionário construído pelos pesquisadores, contendo 15 perguntas abertas e fechadas, a 27 pais e/ou responsáveis dessas crianças. Os participantes afirmam perceber resultados positivos com a utilização da equoterapia como método de tratamento de seus filhos, observando benefícios em diversas dimensões, como no desenvolvimento de atividades, na escola, no brincar, na socialização e na linguagem. Diante do exposto, concluiu-se que os pais e/ou responsáveis envolvidos na pesquisa, perceberam mudanças no processo de desenvolvimento de seus filhos com o tratamento através da equoterapia. Os participantes relataram ser um tratamento válido no estímulo do desenvolvimento das crianças praticantes, essencial para a melhoria dos aspectos posturais e, proporcionando também, melhora na interação, fala e locomoção, constituindo-se enquanto uma terapia completa, tendo em vista sua abordagem interdisciplinar.

Detalhes do artigo

Biografia do Autor

Rebeca Maria da Silva Pires Barbosa, Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Barra Mansa, RJ, Brasil.

Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Barra Mansa, RJ, Brasil.

Jose Henrique de Lacerda Furtado, Doutorando em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro - RJ. Técnico Administrativo em Educação/Enfermagem no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Pinheiral - RJ

Doutorando em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ-RJ. Mestre em Educação Profissional em Saúde pela EPSJV/FIOCRUZ - RJ, Bacharel em Enfermagem e em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Especialista em Acupuntura (2021) pela Faculdade Sul Fluminense (2021), especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica (2021), pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro, especialista em Acesso à Saúde: Informação, comunicação e equidade pelo ICICT/FIOCRUZ - RJ (2018), especialista em Enfermagem do Trabalho (2015) e em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família (2015), pelo Centro Universitário Internacional. Atua no Serviço de Saúde do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ - Campus Pinheiral - RJ), com o desenvolvimento de ações assistenciais e de auxílio nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Tem experiência na área de Enfermagem, com foco na área assistencial de média e alta complexidade, saúde coletiva, saúde do trabalhador e promoção da saúde. Atua também como membro de Conselhos Editoriais e como revisor de periódicos científicos. Tem interesse nas áreas de Saúde e Educação, com ênfase em Politicas Públicas, Saúde Coletiva, Formação Profissional em Saúde, Atenção Primária à Saúde, Processo de trabalho, Formação e Trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde, e nas áreas de Enfermagem e Fisioterapia hospitalar, com ênfase em UTI, Reabilitação fisioterapêutica respiratória e cardiovascular.

Patricia Luciene da Costa Teixeira, Doutoranda em Enfermagem e Biociências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), RJ, Brasil.

Doutoranda em Enfermagem e Biociências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), RJ, Brasil. Mestre em Ciências Médicas pela Univeridade Federal Fluminense, Rj, Brasil.

Laize Aparecida de Paulo Poubel Sobreira, Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), São José dos Campos, SP, Brasil/Docente do Centro Universitário de Barra Mansa, RJ, Brasil

Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), São José dos Campos, SP, Brasil/Docente do Centro Universitário de Barra Mansa, RJ, Brasil.

Como Citar
Barbosa, R. M. da S. P. ., Furtado, J. H. de L., da Costa Teixeira, P. L., & de Paulo Poubel Sobreira, L. A. . (2023). Equoterapia como método de tratamento de crianças portadoras de doenças neurológicas. Biológicas ∓ aúde, 12(43), 26–38. https://doi.org/10.25242/8868124320222541

Referências

    ARAUJO, A. E. R.; RIBEIRO, V. S.; SILVA, B. T. F. A Equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral no Nordeste do Brasil. Revista Fisioterapia Brasil, v. 11, n. 1, 2010.
    ALBERGARIA, T. F. S. et al. Coleção Manuais da Fisioterapia Pediátrica. Salvador: Sanar, 2019.
    ARARUNA, E. B. T; LIMA, S. R. G.; PRUMES, M. Desenvolvimento motor em crianças portadoras da síndrome de down com o tratamento de equoterapia. Revista Pesquisa em Fisioterapia, v. 5, n. 2, p. 143-152, 2015.
    BARBOSA, G. O.; MUNSTER, M. A. V. Percepção dos pais acerca de um programa de equoterapia voltado a crianças com TDHA. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 20, n. 1, 2013.
    BARROS, J. E. S. L. et al. Perfil dos praticantes do centro de equoterapia da instituição Pestalozzi da cidade de Maceió. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde, v. 1, n. 3, p. 137-146, 2013.
    BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.>. Acesso em: 10 out. 2021.
    FREIRE, V. H. J. et al. A equoterapia como recurso fisioterapêutico junto a indivíduos com diagnóstico de paralisia cerebral. Revista Fisioterapia Brasil, v. 21, n. 1, p. 23-30, 2019.
    FREITAS, R. B. et al. Percepção dos pais e/ou cuidadores de praticantes da equoterapia acerca da estrutura assistencial. Revista Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 10, n. 19, p. 25-41, 2015.
    GENNARO, M. R. L.; BARHAM, J. E. Estratégias para envolvimento parental em fisioterapia neuro pediátrica: uma proposta interdisciplinar. Estud. Pesqui. Psicol. v. 14, n. 1, p. 10-28, 2014.
    JANG, C. H. et al. Effects of Hippotherapy on Psychosocial Aspects in Children With Cerebral Palsy and Their Caregivers: A Pilot Study. Annals of rehabilitation medicine, v. 40, n. 2, p. 230-6, 2016.
    MARCELINO, J. F. Q.; MELO, Z. M. Equoterapia: suas repercussões nas relações familiares da criança com atraso de desenvolvimento por prematuridade. Estudos de psicologia, v. 23, n. 3, p. 279-287, 2006.
    MELLO, P. C. et al. Equoterapia na percepção de pais/mães de autistas. Revista Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 10, n. 11, 2021.
    MORAES, A. G. et al. Equoterapia no controle postural e equilíbrio em indivíduos com paralisia cerebral: revisão sistemática. Revista Neurociência, v. 23, n. 4, p. 546-54, 2015.
    NASCIMENTO, J. S.; FARIAS, V. Aspectos biopsicossociais dos familiares do praticante de equoterapia. Revista Brasileira de Ciências da Vida, v. 5, n. 3, 2017.
    NOGUEIRA, I. B. et al. Os benefícios da equoterapia: uma revisão de literatura. Mostra de Fisioterapia da Unicatólica, v. 4, n. 1, p. 1-10, 2019.
    NUNES, P. A; CABERLON, F. C. A percepção dos pais quanto ao tratamento de equoterapia. Revista Inspirar movimento & saúde, v. 14, n. 2, 2018.
    ROMAGNOLI, J. A. S. et al. Equoterapia como método de tratamento fisioterapêutico. Revista Perspectivas online: biológicas & Saúde, v. 22, n. 6, p. 24-32, 2016.
    ROTTA, N. M. Paralisia cerebral, novas perspectivas terapêuticas. Jornal de Pediatria, v. 78, p. 48-54, 2002. Disponível em; <http://www.scielo.br/pdf/jped/v78s1/v78n7a08.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2021.
    SILKWOOD-SHERER, D. J. et al. Hippotherapy-an intervention to habilitate balance deficits in children with movement disorders: a clinical trial. Physical Therapy, v. 92, n. 5, p.707-717, 2012.
    SÔNEGO, G. L., et al. Contribuições da equoterapia ao desenvolvimento de crianças com deficiências: um enfoque interdisciplinar. Revista Salusvita, v. 37, n. 3, p. 653-670, 2018.
    SOUZA, J. M. G. et al. Qualidade de Vida de cuidadores de praticantes de equoterapia no Distrito Federal. Revista Saúde em Debate, v. 42, n. 118, p. 736-743, 2018.
    SOUZA, M. B.; SILVA, P. L. N. Equoterapia no Tratamento do Transtorno do Espectro Autista: A percepção dos técnicos. Revista Ciência e Conhecimento, v. 9, n.1, 2015.
    TORQUATO, J. A. et al. A aquisição da motricidade em crianças portadoras de Síndrome de Down que realizam fisioterapia ou praticam equoterapia. Revista Fisioterapia, v. 26, n. 3, p. 515-525, 2013.