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Resumo
As restingas do Norte Fluminense permanecem como um campo aberto para as pesquisas em biodiversidade, tanto sobre a riqueza quanto a conservação de espécies. Entretanto, sua vegetação, por estar localizada em áreas privilegiadas do litoral, vem sendo constantemente ameaçada pela especulação imobiliária e industrial. Todas as paisagens desse ecossistema possuem beleza e valor ecológico únicos e sua diversidade abriga uma flora própria e valiosa, porém ameaçada, exibindo remanescentes importantes de comunidades vegetais que recobriam originalmente a extensa restinga do Paraíba do Sul. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar espécies vegetais nativas de restinga da região do Açu, localizada no Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG), que poderiam ser utilizadas no paisagismo urbano. A área selecionada para o estudo localiza-se entre Farol de São Thomé e Açu, municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, respectivamente, no Norte do estado do Rio de Janeiro. Neste remanescente de restinga, entre as coordenadas 21°59'21.99"S, 40°58'53.00"O e 21°59'11.13"S, 40°59'37.69"O, foi percorrido um trecho, formando uma transecção dividida em sete quadrantes de 25 m x 100 m, no sentido mar/interior. As saídas de campo foram realizadas no mês de agosto de 2018 e os espécimes foram escolhidos ao acaso. Dentro dessa área, cada material botânico foi identificado e fotografado. Observações feitas em campo indicaram a presença de comunidades vegetais com composição, fisionomia e estrutura próprias, diferentes das demais restingas do estado do Rio de Janeiro. Os estudos apontam ainda a ocorrência diversificada de espécies vegetais, representantes das formações Praial graminóide, Praial com moitas, Formação de Clusia, Mata de Restinga e Ambientes lagunares, em áreas mais preservadas, com poucos vestígios de perturbação. Dentre as espécies, algumas delas podem ser utilizadas para a composição paisagística urbana, devido à beleza morfológica das plantas ou de suas inflorescências exuberantes, bem como características adaptativas as condições de clima mais quente, comumente encontrado na região. Acredita-se que interrompidos os atuais impactos, os remanescentes destas formações apresentem capacidade de regeneração expressiva, fundamental para a manutenção dos corpos d’agua e fauna locais.
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