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Resumo
A população acima de 60 anos está crescendo mais rápido que todos os outros grupos etários, favorecendo maior prevalência das limitações funcionais e doenças crônicas próprias do envelhecimento humano. Na população envelhecida, a depressão encontrase entre as doenças crônicas mais frequentes que elevam a probabilidade de desenvolver incapacidade funcional, desencadeando um importante problema de saúde pública, na medida em que inclui tanto a incapacidade individual como problemas familiares em decorrência da doença. O convívio em grupos de convivência de idosos é um espaço importante para desencadear, tanto na pessoa idosa quanto na comunidade, uma mudança comportamental diante da situação de preconceito que existe nesta relação. Os grupos de convivência procuram fortalecer o papel social do idoso. O presente estudo tem como objetivo identificar o risco de depressão em idosos frequentadores de uma Casa de Convivência do município de Campos dos Goytacazes/RJ. Foi desenvolvido um estudo qualitativo, descritivo e exploratória em uma casa de Convivência da terceira idade no município de Campos dos Goytacazes/RJ. A população alvo foi composta por idosos com idade igual ou superior a 60 anos, do sexo masculino e feminino, que eram atendidos na casa de convivência, Unidade Pública Municipal de Saúde, exclusiva para idosos. Para coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: um questionário geral estruturado para caracterização sócio-demográfica da amostra e a escala de Depressão Geriátrica com 15 itens (EDG-15) para identificar depressão em idosos. Com os dados colhidos e tabulados, os mesmos foram calculados dentro das premissas estatísticas. Embora os resultados tenham identificado poucos idosos com sintomas depressivos (6,7%), mais da metade deles não apresentaram risco de depressão (56,7%). Conclui-se que a depressão não é comum entre indivíduos que frequentam grupos de convivência, pois nesses locais há estímulo constante ao aprendizado, ao convívio social, à prática de atividades físicas justamente com o propósito de minimizar o risco da incidência dessa doença. No entanto, cabe ressaltar que as transformações biológicas e sociais nesta fase da vida podem ser determinantes no desenvolvimento de sintomas depressivos. Por esta razão, evidencia-se a necessidade da atuação de profissionais da saúde, com destaque para os enfermeiros, visando atividades preventivas evitando assim o agravamento da doença.
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