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Resumo
Estimativas de novos casos de câncer no Brasil apontam o câncer colorretal como sendo um dos mais incidentes. Para 2018, estima-se que esta doença atinja 8,1% em homens e 9,4% em mulheres. Essa morbidade requer, em alguns casos, como parte do tratamento, a realização de uma colostomia. Ao realizá-la os indivíduos podem se deparar com mudanças em aspectos corporais e psíquicos que repercutem em alterações na sua sexualidade. Nesse contexto, os profissionais enfermeiros são fundamentais para esclarecer e explicitar todas as modificações que venham a surgir na vida destes pacientes, colaborando para o processo de adaptação e aceitação. Sendo assim, os objetivos dessa pesquisa são: Identificar os sentimentos e as consequências da colostomia na vida sexual dos pacientes e ressaltar a importância da atuação do enfermeiro no processo de aceitação e adaptação. Este estudo foi realizado através do método de revisão integrativa da literatura, com análise 12 publicações científicas, disponíveis em base de dados online SCIELO E BVS, publicados nos últimos 7 anos (2011 – 2018). Utilizou-se os seguintes DeCS: Sexualidade, Colostomia, ostomias intestinais, enfermagem, colorretal. De acordo com os resultados das publicações analisadas, a colostomia de fato compromete a sexualidade, principalmente pela alteração da autoimagem, fatores fisiológicos, psicossociais e culturais o que levam a diminuição na libido, dispaneuria, dificuldades de ereção e ejaculação. Em relação aos sentimentos, a maioria dos autores ressalta a existência de insegurança, medo, anseio, insatisfação, vergonha em relação ao parceiro e sofrimento. Contudo, também há relatos positivos, onde os pacientes aceitam a ostomia como uma nova oportunidade de viver. Foi identificado que o enfermeiro é de fundamental relevância, especialmente na orientação ao autocuidado, levando educação continuada como prática da assistência de enfermagem. Conclui-se que a colostomia impacta expressivamente em diversos âmbitos, sobretudo no aspecto sexual, sendo necessário um acompanhamento multiprofissional a estes pacientes. Nesta perspectiva, o enfermeiro deve ter atuação preponderante, dispondo de um cuidado holístico, humanizado e técnico sobre sexualidade. Uma vez que esse tema ainda é pouco explorado e estudado, lançando recursos sistematizados para ajudar a reabilitar este individuo e inseri-lo novamente ao seu cotidiano.
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