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Resumo
As práticas e os comportamentos impostos como femininos pela sociedade inferiorizam e reduzem às mulheres, ignorando o protagonismo feminino em todos os âmbitos da sociedade. Neste sentido, destaca-se aqui o papel da educação física escolar no reforço desse cenário. Atividades vistas como delicadas, sem a necessidade do emprego de grande força corporal, ainda são a tônica do trabalho em termos de educação física escolar, quando a análise é focada nas aulas para meninas. Nota-se ainda uma forte tendência em se determinar a prática desportiva como essencialmente masculina, onde meninas exercem, quase sempre, papel de co-adjuvância. Muitos autores concordam que esse quadro contribui significativamente para a produção e perpetuação de uma série de violências, especialmente as de gênero. Por isso, o objetivo geral deste estudo foi compreender os principais aspectos e questões relacionados às violências de gênero ocorridas durante as aulas de Educação Física Escolar no Brasil. Como metodologia deste estudo utilizou-se da técnica de Revisão de Literatura Narrativa. Nesta técnica de pesquisa não se aplicam estratégias de busca sofisticadas e exaustivas, a seleção dos estudos e a interpretação das informações podem estar sujeitos a subjetividade dos autores. Assim, foi feito levantamento documental, em sites oficiais; bibliográfico, na base de dados Google Acadêmico; e em livros clássicos sobre o tema, entre 2010 e 2017. Os documentos selecionados para análise confirmam as aulas de educação física escolar como "espaço" simbólico de produção e perpetuação de diversas violências, dentre elas as de gênero. Tais resultados sugerem ser imprescindível a revisão de crenças e valores naturalizados em nossa sociedade e perpetuados na escola. Apesar da complexidade da questão e dos muitos atores envolvidos neste processo, o educador físico pode e deve problematizar a violência de gênero durante suas aulas, promovendo debates saudáveis e com informações claras e objetivas para melhor compreensão do tema.
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