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Resumo
O câncer de mama é a principal neoplasia que acomete a população feminina. O número de mulheres que desenvolvem o câncer tem se tornado alarmante com o passar do tempo e uma em cada oito mulheres no mundo corre risco de desenvolver a doença. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento da doença, seja ele cirúrgico, radioterápico ou quimioterápico, estes ainda resultam no desenvolvimento de complicações graves que diminuem a funcionalidade do tronco e membro superior acometido. Foi realizado um estudo série de casos prospectivo com 8 (oito) pacientes após cirurgia de câncer de mama com o objetivo de avaliar a postura e o arco de movimento do ombro antes e após a realização do protocolo fisioterapêutico. Todas as voluntárias foram encaminhadas pelo serviço de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvin, ONCOBEDA e Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos e orientados sobre os objetivos do tratamento que seria realizado. Foram realizadas avaliações fotográficas da postura e da amplitude de movimento de braço (abdução e rotação externa) das pacientes por meio do programa Image J, versão 2013, que corresponde a um software para análise das imagens que permite a mensuração e análise da variação angular do movimento de cada participante. Os pacientes foram avaliados em dois momentos: antes do protocolo de intervenção (PRE) e após 5 semanas de tratamento (POS). Todos as pacientes foram submetidas a um protocolo de tratamento de 5 (cinco) semanas, sendo 2 (duas) sessões por semana, totalizando 10 (dez) sessões. O protocolo de atendimento constou de alongamento de forma ativa para músculos trapézio, peitoral e fibras anteriores de deltóide e passiva para ECOM e escalenos; técnicas de descolamento e liberação cicatricial; técnica de liberação da musculatura adutora do braço; mobilização de escápula; autoposturas de RPG: rã no chão com braços abertos e rã no ar com braços fechados. Os resultados demonstraram que oito pacientes com idade de 56,5±5,5 anos, 100% do gênero feminino apresentaram ganho de arco para os movimentos de rotação externa (p=0,009), abdução (p=0,011) e flexão de ombro (p=0,001). Na análise postural houve melhora da assimetria do nivelamento dos ângulos inferiores das escápulas e anteriorização de cabeça (p=0,03). Pode-se concluir que a intervenção fisioterapêutica exerce influência sobre o ganho de arco de movimento e diminuição das disfunções posturais secundárias à mastectomia.
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