ACOMPANHAMENTO DO PRÉ-NATAL NA SAÚDE DA GESTANTE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Resumo

O pré-natal tem o propósito de favorecer o parto com o nascimento de um recém-nascido sadio, não só com consultas, mas também com atividades educativas e preventivas. Este período representa uma etapa marcante para a mulher, o enfermeiro tem um papel importante, de executar pré-natal de baixo risco, sanando dúvidas sobre o parto, trabalho de parto e fortalecendo uma assistência de pré-natal holística e humanizada. Porém, a população ainda desconhece o papel do enfermeiro neste processo. O presente estudo teve como objetivo discutir o acompanhamento do pré-natal na saúde da gestante. Como metodologia utilizou-se o método de revisão integrativa da literatura, com análise de 18 publicações científicas, disponíveis em base de dados online SCIELO e BVS, com recorte temporal de 10 anos, (2008-2018) utilizando os seguintes DeCS (Descritores em Ciências da Saúde): Saúde da Mulher, Pré-natal, Gestantes, fazendo parte do desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso do curso de graduação em Enfermagem. O resultado deste estudo revela que mesmo com o aumento da cobertura do acompanhamento do pré-natal no Brasil, apenas um quinto da população feminina recebe assistência adequada conforme preconizado pelo Ministério da Saúde Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Recomenda-se o início precoce da assistência no primeiro trimestre de gestação, pois nesse período é fundamental a identificação dos agravos, como o nascimento prematuro. Neste contexto, foi possível verificar ainda a participação ativa do enfermeiro como fomentador no acompanhamento do pré-natal de baixo risco, desenvolvendo atividades educativas, estimulando o bem-estar materno infantil, detectando os fatores fisiológicos da gestante e incentivo à prática do aleitamento materno. Foi observado que se tais estratégias forem inseridas na população menos favorecida, antecipadamente é possível favorecer o ingresso precoce no pré-natal, fazendo com que as gestantes tenham contato mais rápido com o sistema de saúde. Conclui-se que a cobertura do pré-natal no Brasil conseguiu alcançar uma assistência universal, porém, persiste na desigualdade e somente com um cuidado adequado será possível reverter os indicadores maternos e perinatais desfavoráveis.